Ambígua

Tantas vezes foi mais ligeira que a fala
já foi alívio e facada...
Mais forte que a inspiração do poeta
que brinca na imensidão de uma noite Fulgurada...

Nasce na tristeza e na alegria ilumina
Tão ambígua, criada foi para a gratidão
e nas noites de solidão é estrela
é verdadeira e por vezes efêmera...
Um poema mudo feito de tinta sem cor
é de rancor e também de amor...

É o oceano desaguando na saudade
é a chuva que fertiliza os sonhos
expressa dor, mas trás a flor da felicidade...

É o suor salgado da alma indelével
é uma e são muitas
anjos as colhem em cálices dourados
e defronte o rio que corta o caminho
ela brota dos dois lados...

Ela termina na curva dos lábios sedentos
por vezes cheia de mágoas
tantas outras de contentamento...
Sim... Existe para ela um fim
ela caiu nos lados criados pelos muros de Berlim
nasceu no encanto de quem sorriu
e ela foi dos derrotados
e dos vitoriosos que fizeram dos muros
medo esfarelado...

Ela esta aqui comigo, trás luz ao meu olhar
Hoje mais ligeira que minha boca
mais sagaz que meu falar...
Mais rápida que a mão do poeta a escrever
A lágrima me visita nesta noite insone
agora é solidão, mas logo será esperança
de um novo amanhecer!
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 16/06/2014
Reeditado em 16/06/2014
Código do texto: T4846497
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