ordinário

perdoe-me,

eis em teus pés,

um vagabundo,

um menino sem esperança de crescer,

dentro dele uma saudade arrebatadora,

como soco de fugilista,

esse homem vil,

jogado em sarjetas,

a vida presenteara com sentimentos ordinários,

feito puta nunca amada,

feito cão sem dono e osso,

feito vida solitária,

e dessa ele nunca sai,

oh! homem,

ajoelha-te a morte,

pede a ela uma vida,

pois ele morre todos os dias,

e ressucita ao acordar,

procurando mais um gole,

de tua vida,

ou mesmo de uma bebida barata,

perguntando a si,

porque acordei mais uma vez?

Marcos Pagu
Enviado por Marcos Pagu em 03/06/2013
Código do texto: T4323078
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.