Amor Platônico.

Hoje eu a vi de relance

Por um ínfimo momento,

Não tive nenhuma chance

De diminuir este sofrimento.

Há tempos me atormento

Buscando às cegas o teu encalço,

Não tens nenhum conhecimento

De quem sou ou do que faço.

Anseio por alguma forma de laço,

Mas nem sabes que eu existo,

O medo arranca-me um pedaço

Pela ilusão ou esperança que eu persisto?

Enquanto me apego a isto,

Cumprimentá-la ainda nem pude,

Este mero poema rabisco

Desejando que tudo mude.

Certa vez sonhei contigo,

Nos falávamos normalmente,

Me chamavas de “meu amigo”,

E me abraçavas muito contente.

Vendo este desejo que guardo

Percebi que não era realidade,

Acordei com um sentimento amargo,

Por não poder abraçá-la de verdade.

Hilton Boenos Aires.

15 – Abril – 2013.

Caruaru – Pernambuco.