Reminiscências



Adormeci de mal comigo. Não me pergunte por quê?
Mesmo que eu lhe explicasse você não iria entender.
Há fatos em nossa vida que não podemos dividir,
Mas somar com quem nos conhece, antes mesmo de nascer.

Encontro-me em meio às tempestades
Dentro de mim faíscam sentimentos horríveis,
Reminiscências de um passado sombrio.
Na memória, registro inarredáveis.

-Será, o hoje, possível?
Eu me pergunto.
E me coloco a responder.
Não é assim que vivem os loucos,
Tentando resolver o que os outros
Não conseguem perceber?

Somente se eu transcender.
As amarguras sublimar,
As carências preencher,
As perdas lamentar,
Sem deixar me abater.
Novos ganhos abraçar,
A vitória procurar,
E que se dane quem finge,
Ou ignora de verdade,
Que filha sou de um Deus presente
Que me ama mais que os parentes.