Sangue, Grito e Solidão

Furacão que nasce na alma, venta forte levando os sonhos,

Sangue que escorre pelo chão, revelando a dor no coração.

Gritos do seu "eu", que só você pode ouvir,

E se pergunta o que pode ser feito para sair desta solidão

A noite parece não ter fim,

A solidão incomoda,

É como uma flecha que entra no peito,

O mundo gira sem sentido.

Como mar de ressaca meus pensamentos estão,

Assim como em dia de nevoeiro, meus olhos não alcançam o horizonte,

Sinto-me como uma criança desagasalhada,

Nas longas noites de inverno.

A taça que cai ao chão e se quebra em pedaços,

Castelo de areia que a onda leva,

Sonhos que se foram,

Um dia que promete amanhecer.

Pesadelos que não querem me deixar,

Ilusões que insistem me assombrar,

O falso sorriso que se transforma em lágrimas,

O distante dia da felicidade.

Mas mesmo vendo o rio de sangue que me leva a vida aos poucos,

Não posso me entregar, contudo não consigo reagir,

O que fazer, pra onde ir, como ajudar eu mesmo a sair deste labirinto,

Não estou aguentando, vejo a morte, ela está viva.

Lembro-me de dias que se passaram onde ainda havia esperança,

Dias onde havia luz, alegria e sonhos,

Fecho os olhos e sonho com esses dias,

Confesso que tenho pouca força, mas não quero desistir.

Vou, passo a passo, sem rumo, sem força,

Indo sem destino tentando encontrar felicidade,

Olho para o céu e vejo o infinito e sei que em algum lugar vou chegar

E se lá não encontrar meu sonho, vou saber que morri por tentar.

Leonardo Guimarães Rosa
Enviado por Leonardo Guimarães Rosa em 15/08/2012
Código do texto: T3831300
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