Perdidos no Espaço


Tinha eu naquela janela, naquela fria madrugada
Uma certeza romântica e poética de alguém, lá, tão distante, a pensar
E repensar em mim e em nossa existência, ah quisera linda, doce amada
Não fosse em vão, o meu amor e a minha solidão, a lamentar
Nada a compensar um amor puro e tão sincero, mesmo inocente

 

Hoje passado tanto tempo, sinto saudades, mais ninguém sente
Outrora janela, ainda lá resistindo, mesmas marcas, vitrais
Uma grande visão de seu recanto de encantos marginais
Refletidos nas lembranças em hora e por ora ocasionais

 

Lembranças, lindas lembranças, coração pulsante, até ressentido
Insinuando paixões sem perdões, para o que não foi dito, sequer permitido
Gritando agora o que não foi sentido, mas agora, ah, tarde demais
Hoje é tarde demais, tempo passado não volta jamais
Tempo perdido com medo de que seus sentimentos, seus...duvida
Sentimentos fossem ridicularizados pelo amor de sua vida

 

Dela, mesmo assim, guardo belíssimos momentos, contidos em minha solidão
Os singelos sentimentos do amor puro e ingênuo, por certo até incompreendido
De um amor terno e eterno, protegido pela lua, pelas nuvens, plena escuridão
Nunca realizado mas romanticamente, placidamente, ah intensamente sentido

 

Lições de amor, lições de vida, límpidas, cristalinas; mas não restou traço
Ouço aquelas nossas canções e sinto frio e dor, pois nada ficou, nenhum laço
Vou em busca do tempo e do sentimento perdido, não sei o que faço e se me refaço
De minha inocente paixão, tão intensa, perdida em espaço, fora de compasso...

 

Vauxhall
Enviado por Vauxhall em 10/04/2012
Código do texto: T3605537
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