Rosa Solidão


Me agrada a alma falar de maneira indefinida
Os olhos que me devoram
Os cérebros confusos que me exploram
Nunca sabem se falo da chegada ou da partida!

Poderia falar...

Amiga cara de meus dias
Suas vestes exalam o perfume fúnebre
Das rosas quase murchas que inutilmente
Tenta embelezar a despedida...

Rosas tristes e melancólicas
Torna o espetáculo da dor
Mais macabro e lúgubre!

Mas quem esta em evidencia?

As tristes e saudosas Rosas?
Ou a amiga que vela minha felicidade?
Felicidade Ilusória
Que sobre os ouros das glorias
Jaz, seca... Gélida... Morta...

Esta amiga que veste negro.
De mãos Frias e tez pálida
Que em harmonia com lábios azulados
Torna-se terrivelmente fantasmagórica.
Poderia ser chamada de um simples
E lúdico nome...
Porque ela, nada mais é
Que a senhora Solidão!

Mas não basta apenas falar
Que sou um solitário andarilho do mundo...
Um triste e errante moribundo
Que vive como Imortal,
Neste corpo ferido e violentado!

Se para sempre terei por perto
Esta pútrida e vil senhora...
Que tenha ela um Rosto
Que possua ela um nome...

Não a Chamarei de Amargura...
chamá-la de esperança
Seria o cúmulo da ironia!

Vou lhe dar o nome...Rosa...
Pois ela é quem embeleza
As minhas mortas poesias...

Rosa Solidão... Parece bela
Tua cor púrpura e tuas pétalas de veludo!
Deitada sobre o peito do homem
Que Jaz morto pelo teu nostálgico perfume!

Rosa Solidão
O lirismo lúdico.
Que é visto como arte
Para quem te observa
Do lado de fora do meu Caixão!



Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 13/02/2012
Código do texto: T3496751
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