Sorrir...Morrer

Meus pés descalços pisam a terra fria.
A solidão faz eco no silencio de minha noite escura.
O sol está longe, e meus pés mergulham em um resto de chuva.
Afasto-me de tudo que amo, e amo tudo que esta longe.
Melhor assim, pois quem mora ao lado, e te faz sorrir
São os senhores das dores, pois estes são os que podem te ferir
E é por isso que abraço tudo o que é ausente
Não podem me tocar, macular... Fazer-me chorar.

A não ser quando o eco é profundo na saudade
A solidão é companheira infalível dos que temem.
E nestas horas a dor mostra sua lealdade.
Aponta o dedo em sua direção... Escabrosa acusação.
O soprar da realidade é frio, a tristeza que acusa é amarga
E ao seu redor, tudo é um imenso vazio... Contos de Ilusão.
As flores desbotam, e até os amores distantes partiram.
Foi-se para suas vidas de verdade, para o agitado dia a dia.

Soterrado espectro que nas sombras encontra Luz
É a gota de emoção nas veias dos seres imaginários.
Habitando castelos, escorregando no gelo, amando no calor do deserto.
Não existe o que esperar, dorme sono de sonhos, e acorda despojado.
Não é gota, não é grão, não existe batida de coração.
As paredes não são carmins e não existe calor, apenas o frio das lagrimas.
Reinventa o que é divino, pois o que é do mundo esta longe.
Como quis, assim, como buscou...

A cada passo o divino fica mais difícil de tocar.
Para viver apenas dele, bom seria se desfazer
Deixar os campos sagrados e depois de um longo suspiro
Fechar os olhos... Sorri... Morrer!

Thoreserc
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 12/02/2012
Reeditado em 12/02/2012
Código do texto: T3494377
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.