Livros e olhos fechados não dizem nada.

A escuridão, o silêncio,

a fumaça que me mata aos poucos,

os livros... Todos dentro de mim.

Buscando aliviar a dor

que antes era bem vinda e agora

não passa de dor,

caminho quieta no escuro,

página após página,

linha após linha,

nesse emaranhado no sense

que se agrupa em capítulos de mim...

Sem um fim,

o livro permanece fechado.

Um dia quando quiser me ler,

quem sabe eu me abra,

afinal, livros e olhos fechados

nunca dizem nada.

Isabel Cristina Oller
Enviado por Isabel Cristina Oller em 08/01/2012
Reeditado em 05/11/2014
Código do texto: T3429518
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