CHUVAS DE PRIMAVERA

Estou só
Em meu mundo de solidão
Constante
Sinto-me vazia.
A noite avança,
O sol se esconde,
E como que querendo
Desabafar
As nuvens choram.
É deveras um quadro triste...
Lágrimas de despedida
Respingam no telhado,
E eu, como se quisesse
Consolar as nuvens,
Encho de tédio a minha vida
Tão cheia de mim.
São as últimas chuvas que nos restam
Últimas tais quais as minhas esperanças
De encontrar a felicidade.
Entretanto, depois das chuvas,
A primavera sorrirá.
Trará de volta o odor dos prados
E perfumará as flores silvestres
Só no meu coração
Continuará o inverno.
Eternamente... o inverno.

 

Fátima Almeida

(Re-publicando)
Fátima Almeida
Enviado por Fátima Almeida em 07/09/2011
Código do texto: T3206723
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