FINDOS  DIAS

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Venho de estradas de mui atropelos,
Trago no rosto magoas escorridas

Vejo meus pés frios e encarquilhados
No meu proscénio desejos moídos.

Minha bagagem e crua e severa
Feita de agruras e amores profanos
De turvas glórias e gostos encerrados
De frias noites e mui desenganos.

Trago no peito tardias quimeras,
Negras lembrança e um seio a soluçar
Nos dias lúgubres trago a esperança,
Dos findos dias ao eterno chegar.

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PS. Somente inspiração.

Vantuilo Gonçalves
Enviado por Vantuilo Gonçalves em 20/01/2011
Reeditado em 25/01/2011
Código do texto: T2740769
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