Ilusão.

Ainda guardo o teu perfume, o pouco que ainda restou. E ali, no frasco sobre a penteadeira se posiciona como marco daquilo que um dia foi um grande amor.

Pode parecer bobagem, e na verdade é, mas porque não deixar ficar a fragrância? Já que dela ainda restam muitas lembranças que no cofre da saudade se trancou, o que também não deixa de ser um ponto, mesmo sendo um ponto de dor. Pois entre o frasco que conserva o perfume que restou e das saudades retidas, existem as marcas dos passos que um dia neste quarto transitou. E minha mente ainda descrente de que tudo se acabou, sempre aspira deste frasco, e fingi que ela voltou.

DIASMONTE
Enviado por DIASMONTE em 12/12/2010
Reeditado em 12/12/2010
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