TRISTEZA

Tristeza!

Roze Alves

Tristeza!

Mantém-se cativa dentro de mim

Debato-me, sacolejo a alma

E não vais embora ...

Como a corrente pesada de um algoz,

Me escravizas, colocas-me o capuz do carrasco

Para que eu não te veja a face.

Mas conheço-te por sentir-te a frieza

Ah tristeza!

consomes minhas carnes trêmulas,

Dizimas-me o sopro fraco da esperança.

Melhor deixar que me engulas, sem mais lutar,

Já que da vida não me resta centelha.

Amanhecer-M

RJ: 05/05/2009