CAIXAS DE PAPELÃO

Em caixas de papelão,

Dispostas as roupas estão.

E nelas, o que restou:

Anos de amor? Solidão...

Oh, Inquerida lembrança,

Nas caixas de papelão.

Bens que me cobrem o corpo.

São bens sem qualquer valor.

Jóias únicas queridas?

As filhas que ela levou.

Moses Adam

São Paulo, Matias Aires

30 de agosto de 2006