Uma lua nas trevas
Forjada a residir em mundo abraçada por pesadelos
Demônios abrem portas largas e é tão convidativo
Não me deixe cair... por favor pegue minha mão!
Pois estou sendo acariciada pelos horrores de um anjo que está no escuro
Escuro... esse abismo queima em dias
E a tempestade da noite não se cala
Eu vejo a mesma serpente que estava no Éden a me rodear
Lançando seu anzol, tenta me ganhar pelo esplendor da criação
Este é meu intervalo, isso me convida à desistir
Converso com a lua... sua luz farçada pelo sol me sussurra mistérios
Como ela, possuo uma luz que não é minha
Em minhas mil fases semeio sementes infelizes em meu desvanecer
Vendo mãos estranhas violarem regras religiosas
Meu nome está nas palmas de Suas mãos
Chama-me e eu o seguirei
Estou seguindo...
Este trajeto é escuro, frio... e apertado
Tendo um caráter que antes moldastes para mim
Ama-los-ei de todo meu coração
E darei minha vida pelo meu próximo
Eu estimá-los-ei como a noite estima as sombras
Mas projetarei a estes toda luz que eu puder refletir vindo do sol
E tentarei tornar suas trevas mais suportáveis
Se queimar, queimaremos juntos
Nas memórias que se desvaneceram
Afastaremos os rasgos que romperam nossos sonhos
Viver é morrer
Morrer é viver
Verdade esta, que nos cumprimenta todos os dias
Como a noite espalha sua escuridão nas asas do silêncio
E tudo que remanesce é puro
e é solitário como a águia que voa sozinha e tão alto
Mas que também é capaz de estar só a carregar suas cruzes
E ser crucificado por seus amigos
Sim, amigos... aqueles que fugiram, o negou por três vezes, e pelo beijo que ainda arde
- esta noite aprendi muito com o luar –
- e acho que agora entendo um pouquinho, o que é ser Luz do mundo –
- Ser sal... ser luz - Resplandeça sobre mim... Oh, Sol da Justiça -