Toca sino. . .
 
 
 
O vento que passa
Faz tocar o sino
Que entoa uma canção
Como se regida
Por uma grande orquestra.
 
E, na noite silenciosa!
Acordes suaves,
Como se fossem violinos
Embalam o sono do mundo.
 
Nos confins da terra
Anjos passeiam desfilando
Suas belas formas aladas.
 
Os sonhos agitam as mentes
E os corações batem descompassados.
Sombras bailam no infinito
Num grande compasso dançante,
Ao som do sino que toca.
 
Relâmpagos cortam o céu
Como laminas pontiaguda,
Mas não chegam a assustar.
São apenas imagens e clarões
Para o sono enfeitar.
 
No aconchego do leito
O corpo descansa e o espírito
Alegra-se numa doce sintonia
Entre Criador e criatura.
 
Toca sino. . . Embala
Minh’alma e meu doce repousar.