FORÇA CABROADA
Grupo: Palco Do Sarau.
89º. Sarau: Sábado Poético.
Tema: A dor do não.
Autora: MAKLEGER CHAMAS — O Poeta Louco e Romântico (Manoel B. Gomes)
País: Brasil.
Data: 13/04/2024.
À Convite De: Joabe Tavares de Souza.
FORÇA CABROADA
Título: FORÇA CABROADA
Dentro dessa minha solidão do não,
Eu vejo, ecoar a minha espevitada dor,
Dentro dum espevitado vazio
Que consome a minha alma, sem pudor.
Em palavras não ditas, que se fazem ditas
Em desejos e mais desejos não realizados,
Que se escrevem no silêncio do não,
Que os criados sonhos serão sufocados.
Mas, acredite, o não pode cortar fundo,
Como se fosse límpida lâmina afiada,
Pode até deixar no corpo, marcas profundas,
Como feridas vindas dessa jornada desolada.
Pois a incerteza desse ímpeto, talvez,
Simplesmente me traz a angústia do jamais,
E dentro desta fileta triste deste meu não,
Eu me enxergo, resiliente perdemos a paz.
Mas percebo, que no não também há força,
E nesta força cabroada há o renascimento,
Pois é dentro dessa escrita farta rejeitada,
Que eu, encontro os derivados movimentos
.
Pois é na minha dor, escrita triste do não,
Que aprendo a definitiva mira do crescer,
Porque é dentro desse jogo transformar
Que transformo a negação em força de viver.
Titulo: FORÇA CABROADA
Protegido conforme a Lei de Proteção Autoral. 9.610/98
Autor Makleger Chamas — O Poeta (Manoel B. Gomes)
Escrito na Rua TRÊS ARAPONGAS, 06 bloco 06 Apto 31 — Vila Nova Jaguaré — São Paulo — BRASIL
Data da escrita: 13/04/2024
Dedicado a
Registrado na B.N.B.
https://docs.google.com/document/d/1ERmCqPP9x0kNjsmOcbfn3nj7eznC4laezkHXok5CEkY/edit?usp=sharing
A força cabroada está presente na negação, transformando-a em energia vital para seguir em frente.
É na dor e na rejeição que se encontra a força para renascer e crescer.
Através da escrita e da reflexão, é possível transformar a negação em uma força poderosa para viver plenamente.
O poema “Força Cabroada” retrata a experiência de lidar com a negação, a dor e a rejeição.
O eu lírico expressa a sensação de solidão e vazio causada pela não realização de desejos e sonhos.
A negação é comparada a uma lâmina afiada que deixa marcas profundas, gerando angústia e incerteza sobre o futuro.
No entanto, o poema também destaca a força que pode emergir da negação, levando ao renascimento e ao crescimento pessoal.
Ao encontrar movimento e transformação na própria dor, o eu lírico aprende a enfrentar a negação e a utilizá-la como uma força motivadora para seguir em frente e viver de forma mais plena.
A análise sintática completa do poema “Força Cabroada” ressalta a climatologia e o gênero poético da obra:
1. **Dentro dessa minha solidão do não**
— **Dentro**: advérbio de lugar
— **dessa**: pronome demonstrativo adjetivo feminino singular
— **minha**: pronome possessivo adjetivo feminino singular
— **solidão**: substantivo feminino singular (núcleo do sujeito)
— **do**: contração da preposição “de” com o artigo definido “o” (preposição)
— **não**: substantivo masculino singular (complemento do nome “solidão”)
2. **Eu vejo, ecoar a minha espevitada dor**
— **Eu**: pronome pessoal do caso reto (sujeito)
— **vejo**: verbo ver no presente do indicativo, primeira pessoa do singular
— **ecoar**: verbo no infinitivo (verbo principal da oração)
— **a**: artigo definido feminino singular
— **minha**: pronome possessivo adjetivo feminino singular
— **espevitada**: adjetivo feminino singular
— **dor**: substantivo feminino singular (objeto direto)
3. **Dentro dum espevitado vazio**
— **Dentro**: advérbio de lugar
— **dum**: contração da preposição “de” com o artigo definido “um” (preposição)
— **espevitado**: adjetivo masculino singular
— **vazio**: substantivo masculino singular (núcleo do sujeito)
4. **Que consome a minha alma, sem pudor**
— **Que**: pronome relativo (introduz uma oração subordinada adjetiva restritiva)
— **consome**: verbo consumir no presente do indicativo, terceira pessoa do singular
— **a**: artigo definido feminino singular
— **minha**: pronome possessivo adjetivo feminino singular
— **alma**: substantivo feminino singular (objeto direto)
— **sem**: preposição
— **pudor**: substantivo masculino singular (complemento do nome “sem pudor”)
5. **Em palavras não ditas, que se fazem ditas**
— **Em**: preposição
— **palavras**: substantivo feminino plural (núcleo do sujeito)
— **não**: advérbio de negação
— **ditas**: particípio do verbo dizer concordando com “palavras”
— **que**: pronome relativo (introduz uma oração subordinada adjetiva restritiva)
— **se**: pronome apassivador
— **fazem**: verbo fazer no presente do indicativo, terceira pessoa do plural
6. **Em desejos e mais desejos não realizados**
— **Em**: preposição
— **desejos**: substantivo masculino plural (núcleo do sujeito)
— **e**: conjunção aditiva
— **mais**: advérbio de intensidade
— **não**: advérbio de negação
— **realizados**: particípio do verbo realizar concordando com “desejos”
Essa análise sintática ressalta a estrutura poética do texto, evidenciando a construção das frases e a relação entre os elementos linguísticos. O gênero poético se destaca pela expressão artística e pela metáfora presente na linguagem, transmitindo sentimentos e reflexões de forma sensível e simbólica.
A climatologia é a ciência que estuda o clima, as suas variações e fenômenos atmosféricos. No contexto da análise de textos literários, a climatologia refere-se ao estudo do ambiente emocional e atmosférico criado pelo texto, ou seja, como as emoções e sensações são transmitidas ao leitor através da linguagem e dos elementos poéticos.
No poema “Força Cabroada”, a climatologia destaca-se pela atmosfera de solidão, dor, vazio e desejo não realizado, que permeie a narrativa lírica.
Através da linguagem poética, o poema transmite uma sensação de introspecção, melancolia e busca por superação, criando um clima emocional intenso e reflexivo.
Quanto ao gênero, o poema “Força Cabroada” pertence ao gênero lírico.
O gênero lírico é caracterizado pela expressão subjetiva dos sentimentos e emoções do eu lírico, muitas vezes de forma intimista e reflexiva.
Nesse sentido, o poema em questão apresenta características típicas do gênero lírico, explorando a interioridade do sujeito poético, suas reflexões sobre a dor e a superação, e a expressão poética das suas experiências emocionais.
Assim, a combinação da climatologia, que cria uma atmosfera emocional marcante, com o gênero lírico, que expressa subjetivamente os sentimentos e reflexões do eu lírico, contribui para a riqueza e profundidade do poema “Força Cabroada”.