Sob a Sombra do Cruzeiro

Na terra do Cruzeiro resplandecente,

Onde o verde se encontra com o amarelo,

Ecoa o clamor de um povo clemente,

Por justiça e verdade, firme e belo.

Nas câmaras de eco, vozes vazias,

Promessas ao vento, sem fundamento,

Líderes que se perdem em utopias,

Deixando ao relento o sofrimento.

Partidos em luta, poder a buscar,

Esquecem do povo, que na esperança,

Segue a votar, sem cessar de sonhar,

Que um dia virá a bonança.

Mas o passado, com erros repletos,

Insiste em voltar, como um fantasma,

E os mesmos rostos, nos mesmos afetos,

Seguem no palco da triste farsa.

Justiça que tarda, não raro falha,

No labirinto de leis e artifícios,

Onde o pequeno pelo grande calha,

E o certo se perde em vícios.

Senado e Câmara, que deveriam ser,

Bastões da retidão, guardiões da lei,

Muitas vezes se veem a ceder,

Ao jogo sujo, que todos veem, ninguém freia.

As forças armadas, de história imponente,

Hoje observam, em silêncio, o desdém,

Do poder que ignora solenemente,

O clamor por ordem, que vem do além.

E o Império de outrora, com Dom Pedro II,

Que na sapiência e no progresso acreditava,

Veria hoje seu legado, em contínuo declínio,

Na política atual, que pouco se salva.

Mas onde reside a culpa, afinal?

Nos homens de terno, ou no voto dado?

Na apatia geral, ou no mal,

Que parece em nossa história, entranhado?

É tempo de pensar, de refletir,

Sobre o país que queremos construir,

Com ações e palavras, começar a agir,

Para que o futuro possa florir.

Que a decepção não seja o fim,

Mas o início de uma nova jornada,

Onde o povo, autor do próprio destino,

Escreva uma história renovada.

Pasia Aventuristo
Enviado por Pasia Aventuristo em 26/03/2024
Código do texto: T8028397
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