FATAL
A mente divaga
E começa a lembrar
De dias felizes
Que nunca vão se apagar.
O tempo de agora
É uma árvore forte.
Suas raízes abraçam a terra
Quando vem a tempestade do norte.
Ao lembrar-se da família,
fechado e enclausurado,
Recorda que há poucos dias
Era livre e amado.
Quem somos nós para julgar o destino?
Muitos ainda acreditam
Que de pedra em pedra
é que se faz um caminho;
No entanto, basta uma nova chuva
ou um novo vento,
Que nossos corações cheios de alento,
começam a desmoronar.
Parecemos fortes
como o rugir do leão,
Mas somos frágeis
como a flor que nasce ao chão.
Somos capazes de maravilhas,
De fazer uma multidão sorrir,
Mas, da mesma maneira,
Podemos matar aqueles
Que chamamos de “irmão”.
É triste, muito triste...
Essa vida e condição!
O medo escancara
Toda essa corrupção,
Mas, ao olhar no horizonte,
Em um tempo ainda muito longe,
Encontra-se o fim
Deste triste e pobre “homem”.