MONÓLOGO DE UM BUSCADOR

“Só sei que nada sei”. Sei um pouco de tudo

aqui fechado nesse espaço mudo.

Tenho em mente a sapiência oculta

do Rei Platão que agita a turbamulta

de autodidatas da Filosofia.

Na estante do meu consciente

guardo doutrinas que sinceramente

ouvi de mestres da Teologia.

Dante me aponta as leis do Paraíso

após o inferno num sinistro aviso:

- Cuidado, amigo, a vida é eterno engano!

De Beethoven sinfonias ouço

arrancando-me de um negro calabouço

trazendo-me paz e novo senso humano!

Não falarei de Marx nem do Socialismo,

mas me curvo perante o Darwinismo,

Lavoisier e a lei da transformação.

A Natureza sempre é feita de mudanças

dando alento para nossas esperanças

de um planeta em constante evolução.

Não existe igualdade nessa terra

pois o querer da igualdade leva à guerra.

Cada humano é um mundo singular.

A divergência existente em pensamento

é um recurso natural de enfrentamento

para nossa natureza lapidar.

Jesus Cristo deixou sua mensagem

a ele rendo minha homenagem

nele tenho um parceiro de cruz.

Me ensinou as curvas do caminho

falou para todos com muito carinho

de toda virtude que nos leva à Luz.

Nasceu em Minas um homem iluminado

de outras esferas para cá mandado.

Esse homem não foi um ser qualquer.

Fez prodígios com a mediunidade,

passou a vida caminhando na bondade.

Seu nome humano: Chico Xavier.

O grande Mestre Manoel Jacintho Coelho

colocou-me diante do espelho.

Desenvolva sua glândula pineal.

Estude o livro Universo em Desencanto

nele encontrará o seu recanto,

denominado Mundo Racional.

Me lembrei de nosso bom Gonçalves Dias

cantou tão bem em suas belas poesias

os sabiás com as palmeiras e os bem-te-vis.

Cantou façanhas desses índios altaneiros

donos verazes deste solo brasileiro

Timbiras, Aimorés, Caiapós e Guaranis!...

E me deparo com Luiz Camões

cantando as glórias das embarcações

da lusitana gente destemida.

Abandonando ao léu a própria vida

do Tenebroso os donos imortais.

Partindo em busca de glórias, riqueza,

iam de encontro à própria Natureza

num grande afã de júbilos navais.

E assim nasce esse país portento

habitado por um povo em crescimento.

Essa terra de viés tão pastoril.

A terra de Bilac e de Peri

de Alencar e seu amado Guarani.

Pátria amada que chamamos de Brasil!

JUCA VIEIRA

IMPERATRIZ MA

23/03/2021

Juca Vieira
Enviado por Juca Vieira em 16/08/2023
Reeditado em 16/08/2023
Código do texto: T7862827
Classificação de conteúdo: seguro