VIVÊNCIA DA CORPORALIDADE

No meu corpo eu posso experimentar

A dor e a alegria,

A angústia e o prazer,

A honra e o amor pelas coisas.

 

No cuidado desse templo

Eu desfruto do que é viver

A saúde que toca as cordas da alma.

 

Nos olhos marejados de lágrimas,

Nas mãos erguidas aos céus

Ou num sorriso que enche de alegria

Um observador imparcial,

Existe uma história toda especial

E um caminho percorrido

De compreensões, conscientizações e entendimentos.

 

Quantas reações não são produzidas

Com o simples olhar de ternura!

Quantas mudanças

Não são operadas

Quando eu dou os meus primeiros passos

Com meus pés querendo se afirmar pelas ruas.

É assim que descubro o que é viver

O meu corpo em convalescença

Após um longo tempo enfermado e adoecido.

 

O meu corpo padece

Com os meus próprios pensamentos

Ou se enternece com os sentimentos

Que brotam num tempo propício,

Sentimentos esses que podem sem demora

Agitar de êxtase o coração.

 

Eu sou o meu próprio corpo,

Pois na complexidade de meu ser corporal

Reconfiguro de significados o que nele é vivenciado

E esvazio de sentido o que descubro

Ser desprovido de verdade e beleza.

 

Nesse aspecto do meu ser,

Eu vivo uma grande festa

Em meu próprio silêncio,

Principalnente enquanto descubro

As minhas verdadeiras

Potencialidades corporais,

Preenchendo o espaço

Com os movimentos simbólicos

E com os gestos que deflagram as minhas intenções.

Cada um deles constituem uma parte de quem eu sou

E fazem a poesia da vida no mundo ao meu redor.

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 06/07/2023
Reeditado em 06/07/2023
Código do texto: T7830800
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