REFLEXÕES

Não quero meus versos sob holofotes, mas que seja a minha voz.

Que os sentimentos, e emoções, derramem-se enquanto escrevo.

Sejam meus pensamentos, bússolas, equilíbrios, façam apologias.

As rimas sejam os ecos, captando os sons das catarses humanas,

Minimizando, os roteiros, dos diversos, abismos, pelas igualdades...

E cada verso seja grito de alerta a me sacudir do meu comodismo,

Ser cognição exauriente, e fazer, os scripts das minhas narrativas...

Decalque na minha cognição e que a inspiração me abra às asas.

 

Pois, anuam, existe muito a se fazer dizer por essas rotas da vida.

O poeta é formador de opinião, o muro não lhe serve de equilíbrio.

Pois, ser negro e às vezes rabiscar versos, das tempestades, que,

Irrompem dos preconceitos, é dignidade, e ser poetisa e declamar,

As desigualdades as agruras, que sofrem a, alma feminina nesses,

Contextos, desses..., machismos estruturais, são zelos, bandeiras!

Por aí seguem carruagens desses cânceres morais e é indecência,

Precisamos estimular os freios, ou..., as metástases, nos estiolam!

 

E, não é pretensão, é vontade, em ver uma sociedade mais lídima.

Mesmas lições nas escolas, a, educação, sendo fiel das balanças!

Vermos menos opressões, corrupções, e levantarmo-nos do berço,

Esplendido, pátria amada mãe gentil, filhos desse solo que somos!

E, recitar poesias, cujo tema seja, sambas enredo, da fraternidade.

Há! Muitos gritos de fomes pedindo socorro, e ser poeta é missão!

E, que nossos versos, disseminem, as sementes, haverá colheitas...

Poremos menos grades nos nossos passos na nossa consciência!

Albérico Silva