Quixote, a volta ao ventre.

Preso entre quatro paredes,

Querendo quebrar as correntes,

O escuro é confortável,

Mas as dores,

Estão presentes.

Me afundo no travesseiro,

Dos olhos,

O pranto é torrente,

Moinhos são construídos,

Coragem Quixote!

Os monstros estão carentes.

É um passo atrás do outro,

Caminho é percorrido,

Mas onde vai chegar?

Lá não há princesas,

Nem doentes,

Me perco na paisagem,

Percebe?

Estão todos doentes.

As almas foram dominadas,

O invisível,

Se faz presente,

O fio de bigode raspado,

Confiança,

Em moeda corrente.

As telas são injetadas,

As sombras,

São reluzentes,

A caverna,

Virou uma casa,

Platão esquecido,

As imagens são introduzidas nas mentes.

E ainda há pelo que lutar?

O escudo não mais protege,

O riste,

É impertinente,

Pois a lança não destrói,

O Inimigo que se encontra ausente.

Deus,me devolva a ilusão,

Tenho guerras a enfrentar.

Onde se encontra o dragão?

E Sancho Pança,

Onde está?

Me desculpe a impertinência,

Não quero ser coerente,

Abdico da razão,

Me devolva ao cerne,

Eu quero voltar ao ventre.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 11/05/2023
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