Arrependimentos Efêmeros

No olhar doce e cálido, acreditava

Que a redenção estava reservada

Para aquele que se arrependia,

Que em segundas chances encontrava a salvação.

Mas o tempo passou, e a verdade aflorou,

Pois a segunda chance foi um equívoco,

A ilusão de um coração bondoso,

Que acabou por se enganar.

As palavras ditas, promessas feitas,

Todas se perderam no vazio do ar,

Pois a ingratidão é uma serpente traiçoeira,

Que rasteja na sombra do arrependimento.

As lágrimas derramadas em vão,

O coração partido pela decepção,

A dor de perceber que a confiança foi traída,

E que o arrependimento veio tarde demais.

Agora, resta apenas a lembrança amarga

De ter dado segundas chances em vão,

De ter se enganado em sua generosidade,

De ter confiado em quem não merecia.

A lição aprendida é dura e dolorosa,

Mas a vida segue seu curso implacável,

E o que resta é aprender com os erros,

E não se arrepender de seguir em frente.

Pois dar segundas chances é nobre,

Mas é preciso também ter discernimento,

E não permitir que o arrependimento

Seja um fardo a se carregar eternamente.

Portanto, cuidado ao dar segundas chances,

Que sejam merecidas, verdadeiras e reais,

Para que o arrependimento não seja um lamento,

Mas sim um ensinamento, para não se repetir jamais.