Vagas salgadas

Grito ao mar minhas dores salgadas

mas as respostas são vagas,

ecos da esperança

dos que o desbravaram,

uivos da dor expatriada

que vêm e vão,

sem garrafa,

mas condenados a viajar

e repetir em todo o mundo,

na linguagem universal da renovação,

um diálogo de união

que as tectônicas segregaram.

E em meio a tanto sal

minha dor diluí-se

no mergulho que me conecta

a cada sangue derramado,

a cada olhar perdido,

a cada saudade chorada