Por Instinto!

Por instinto...

Fazendo uma boa faxina em minha casa,

Percebi quanta coisa eu guardo ali,

Coisas de pouco ou, sem nenhum valor,

E como é difícil jogar fora tudo aquilo,

Que sinto!

Silenciei a pressa na limpeza e parei,

Parei ao ouvir o grito de minh’alma,

Pedindo-me um tempo para aprofundar-se,

Pensei: como será isso?

Sentei-me diante da cruz e fiquei a olhar,

Buscando a mansidão de Jesus ali humilhado...

Sangrando o coração de tanta dor,

O filho de Deus, quanta crueldade!

Pensei no amor que não sei amar,

Na minha na sede e na fome do faminto,

Fui buscar lá no fundo do baú,

Atravessei o mar das ilusões e desci,

E no mais profundo da terra, encontrei,

O meu instinto!

Maria José.