Humanitária?

Não me importo que eu seja a próxima...

Não me importo que deixe a vida...

Sei que um dia qualquer será a minha hora.

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Na falácia da humanidade.

Ouço todo dia uma fala humanitário...

Que dizem que choram a dor da crise instalada.

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Nada me tira a dor daqueles que estão indo embora...

É no meu silêncio...

Que respeito o agora... o hoje... a memória.

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Não será nos palanques nem nos olofotes que saberam que sinto...

Mas no silêncio que grita dentro da minha alma.

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Enquanto houver julgamento...

Enquanto houver barulho...

Enquando houver movimento...

Nada me consola.

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Mas quanto eu ouvir o silêncio...

Eu ouvir o som frio...

Quando acabar o argumento...

Eu me sentarei na mesa...

E verei quem é o verdadeiro.

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Estou esperando o silêncio...

Sem medo.

Apenas reconhecendo quem sou neste tabuleiro da vida.

Marilene Castro.

Marilene Castro
Enviado por Marilene Castro em 08/06/2020
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