Panorama

Carrego as marcas, os símbolos

Na minha comunicação comigo

Ou em qualquer uma que comunico

Abro e falo do que me foi descrito

Vivo e construo meu jeito

Acrescento brilho e a força que trago

E mais algo que cabe no peito...

Que seja luz e seja afago.

Seja luz pra que seja real

Seja afago para que resista a dor

Que dure por ser excepcional

E diante do que quer que seja,

Seja amor.

Cansei de ver repetir os passos

Pelos mesmos lugares trágicos

Quis outras formas, outros espaços

Realojar os fados enfáticos

A fim de melhor enxergar, quis me ver

E reconhecer o que mostrar

Pois bem melhor é iluminar por querer

Ser capaz de retornar sem reter

Acolher o que de meu ainda há

Para a minha bagagem ser leve

Para minha viagem ser mais ampla

Para ser livre a mão que eu entregue

Para ser mais breve toda distância

E onde eu estiver para somar

Eu subtraído jamais esteja

De muitos pontos eu venha a avistar

E que antes de relutar,

eu reveja.