O PERDÃO

     
     Palavra que às vezes para alguns não representa muita coisa, mas no Dicionário Aurélio significa: remissão de culpa; falta, ofensa ou dívida.
     Palavra que proferida no momento certo, leva a cura interior e livra das enfermidades causando alívio imediato ao acusado, e será livre para sempre dessa maldição.
     Não tem status social e nem hierarquia para ser usado no tempo adequado, mas precisa da reciprocidade para que ambos sejam libertos das escravidões dos erros cometidos.
     Quantos anos se passaram e muitos já não estão nem aqui para contarem as estórias; não liberaram perdão por não saberem que esse é o processo de restauração e construção para uma nova etapa em sua vida.
     Tudo começa de dentro para fora, é o que está escondido, remoendo, e que não quer dar o braço a torcer, por achar que é muita humilhação para uma pessoa como você.
     Se o verdadeiro Autor da Vida não perdoasse o ladrão que estava pendurado não cruz ao seu lado, não poderia levá-lo ao paraíso após a morte.      Ninguém é melhor do que ninguém; perante Deus todos são iguais; então se prepare para zerar o seu caixa emocional e ser beneficiado por essa atitude e alcançar graça diante dele.
     Evitaríamos tantos relacionamentos desfeitos, casamentos destruídos e famílias inteiras chorando em volta dos caixões; tudo isso por falta de amor e de perdão.
     Poderíamos suportar tantas adversidades e calamidade junta, sem perder a esperança de sermos derrotados pela falta de compreensão; porque a família é o pilar da sociedade e foi constituída por Deus.
     Os nossos olhos poderiam enxergar o sobrenatural da virtude um do outro, e corrigir os defeitos que apareceram para lembrar-nos que não somos perfeitos como pensam.
     Há caminhos que são espinhosos, mas não temos como calçar sapatinhos de veludos e deixar o outro caminhar descalço para sangrar os pés, é desumano.
     A cor de sangue nos olhos, gosto amargo de fel, saliva de veneno escorrendo pelos cantos da boca, é sinal de morte premeditada. Perigo!
     Há pessoas que não sabem viver de igual para igual, querem ser superiores que as outras para mostrarem que estão bem de vida, não importam o que vão pensar: “Eu sou o bom, o resto é lixo. Tá ligado!”.
     Quanto tempo perdeu por não aceitar a diferença um do outro, por desistir da pessoa por não ser igual a ela, de ter um estilo de vida diferente do seu, e não ser aceito pelo seu grupo de amizade.
     A nossa fisionomia vai mudando a cada dia, e querendo ou não aparecerão as rugas e a idade vai avançando, não seremos mais aceito por ser velho demais para participar da tua turma.
     Mas o perdão promove harmonia, alegria ao cansado de coração, reconciliação da alma e do espírito devolvendo a vontade de amar ao próximo que há anos foram perdidas.
     O perdão reconstrói amizades rompidas, tira as impurezas que as más conversações deixaram a desejar, despedaça o jugo do ódio e as amarguras são arrancadas para dar lugar para o amor verdadeiro.
     O perdão tira a máscara do personagem para por você no meio do conflito de cara limpa, para saber realmente quem você é, e ainda te dá chance de defesa.
     O perdão não deixa laços de desconfiança, mas fortalece seu relacionamento, fechando as feridas castigadas pela dor e sofrimento, e enxuga as tuas lágrimas no momento em que precisa de socorro.      O perdão é bálsamo que Deus nos deu para ser usado como aroma suave para as narinas do ofendido, para quem estiver longe possa sentir que o odor fétido da ignorância foi desfeito pelo perfume do amor.
Perdoe-me!

Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 13/05/2020
Reeditado em 22/11/2021
Código do texto: T6946019
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