IDENTIDADES

Não podemos nos tornar um barulho, interposição de nossas sombras.
Nem mover os abismos sob os nossos pés, decorrência dos nossos atos,
Fazendo das nossas vozes, gritos, batucada desafinada, incongruentes,
Porquanto, os ecos dessas zoadeiras, são argamassas, e nos moldam...
Rotulam,o dedo aponta,criam as nódoas,criam estampidos, estereótipos.
Essas pechas,borrões,sobre o indivíduo,os esmagam,a credibilidade voa.
A identidade vira a cara,não há atavismo biológico,apenas são sombras.

Não adianta por e tirar máscaras,caráter são características,feitio moral.
Daí uma vez aberta a cancela a boiada fará seu passeio,natural da vida!
Somos todos personalidades,individualidades,esse propósito é humano!
Paralelamente,sejamos também hiatos,falta do que nos distancia da paz!
Preferencialmente,sejamos usinas,fazendo das matérias-primas, o amor,
As nossas pontes,dessas, as nossas máximas identificações, solicitudes!
Ciente de que ao nadarmos nas praias de nossas vidas sigamos as ondas

Ondas por esse ótica é indicativo de estarmos atentos às rodas-gigantes
O mundo gira,os espaços se alternam,nossas vidas seguem esse balanço
Note,profícua é a linguagem que conjuga o verbo na 1ª pessoa do plural,
Dado que,nós, somos sinônimos de coletividades,de força, de zelo,união.
Essas assertivas nos dignificam,como seres humanos,mostram as pontes
Abramos as asas,liberdade tem o preço,do apreço das nossas escolhas...
Assim,saindo dos nossos casulos existenciais, escrevamos nossa história!
Albérico Silva