GUERRAS SOBRE GUERRAS


Há sombra e água fresca nos sonhos
Dos nossos sonhos acordados,
Guerras e pelejas armas dos indesejados.
Trincheiras que escondem os maus elementos,
Socorro que cruza os céus, ases no firmamento.
Carros alegóricos de fogo arrastam suas rodas
Sobre a terra: cintos, capacetes, sabres e vielas!
 
Derramam os gemidos das dores das Guerras,
Os cânticos entristecidos emudecem bravos guerreiros,
Que rastejam nas lamas em busca de um sinal inimigo,
Ver a morte chegar bem perto e correr perigo.
Granadas que explodem por todos os lados,
Labirintos e fugas dos atrapalhados desprotegem
Seus companheiros que se tornam alvos certeiros,
Aprumam os fuzis valentes Fuzileiros!
 
Os navios pequenos avançam velozes sobre  
Os mares alçando suas ondas nos ares,
Submarinos submersos protegem a superfície.
Abrem caminhos para as batalhas sangrentas,
Aviões fuzilam lá de cima pontos estratégicos,
Destroem pontes, plataformas e esconderijos.
Tropas que desfilam seus exércitos incontáveis,
Homens que marcaram histórias memoráveis.
 
As pegadas marcadas pelos caminhos
Deixam espinhos encravados em seus pés,
Cheiro de morte entocado no oculto.
O céu é surpreendido pelas fagulhas das
Metralhadoras aclopadas as asas de um rasante,
Despejam várias rajadas de tiros por segundo,
O vencedor é quem acerta primeiro o alvo,
O perdedor tem direito de saltar de paraquedas
Lá do alto.
 
A cada sinal de seguir em frente
Rompe-se o medo na retaguarda inimiga,
O primeiro da fila na linha da tropa é vítima
Primordial para ser atingido pelo adversário.
Nessa hora um filme passa pela cabeça;
Sairei daqui ileso ou carregado na maca?
A resposta está na atitude de valentia ou
Covardia no decorrer do andamento da batalha.
 
A noite cai quando os olhos noturnos
Não enxergam mais nada.
Não há cansaço que sobreviva mediante
Aos perigos em nossa volta nem forças
Que subsiste a fúria de um leão quando
Está faminto.
As pernas ficam mais pesadas quando
Precisamos delas para fugir de algo,
E os braços não obedecem quando
Precisamos pedir socorro.
 
É o arrepio ao explodir das bombas,
Frio na espinha, um rosto camuflado ronda;
O coração dispara mil batidas por horas,
Agora é tarde pensar no aconchego da família.
A mente trabalha sem descansar um minuto,
É devastador o ódio que a sangra a terra,
Acolhendo corpos sobre as lamas incandescentes,
E os ventos sopram as almas de muitas gentes.
 
Aonde encontrar repouso em meio ao
Confronto quando a luta está mais acirrada?
O pensamento desafia o subconsciente enquanto
As respostas ainda estão processando vagarosamente;
É o ser humano que escala os degraus dos seus limites;
É o medo que põe toda a tropa em zona de risco,
É a falta de atenção que destrói um batalhão inteiro
Por não estar na posição correta.
 
Como celebrar as vitórias onde se perdem
Muitas vidas?
Vizinhos ou não de seus continentes será
Necessário invadir território e conquistar
Espaço.
Perder bens materiais para abrirem passagens;
Estender a bandeira Nacional daquele país
E Declarar que está tudo dominado.
 
Guerras sobre Guerras caminham
A humanidade na disputa do poder
Econômico e da ganância.
Como toda História carregam manchas
De sangue dos pequenos inocentes,
Vítimas das terríveis destruições.
O riso escancarado do desespero,
E a vida passa apenas por um lampejo.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 29/12/2019
Reeditado em 09/12/2021
Código do texto: T6829524
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