Dura Existência

No meio de tanta gente,

A gente se sente só,

Sentindo-se contente,

Arrastando e engolindo um nó.

A multidão nos sufoca,

Mexe com o equilíbrio da alma

Que quase explodimos como milho a virá pipoca,

Sem saber onde anda a tão falada calma.

Dedos apontados é o que vejo,

Caras tortas esbarram no meu rosto,

A solidão vive estampada no espelho,

E nós vivemos a contragosto.

Passeando nas calçadas,

Com o sentimento acorrentado,

Nossas vidas vão sendo esfaceladas,

Vagando com o peito estilhaçado.

Denilson Sthan
Enviado por Denilson Sthan em 28/03/2019
Reeditado em 13/08/2021
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