Dura Existência
No meio de tanta gente,
A gente se sente só,
Sentindo-se contente,
Arrastando e engolindo um nó.
A multidão nos sufoca,
Mexe com o equilíbrio da alma
Que quase explodimos como milho a virá pipoca,
Sem saber onde anda a tão falada calma.
Dedos apontados é o que vejo,
Caras tortas esbarram no meu rosto,
A solidão vive estampada no espelho,
E nós vivemos a contragosto.
Passeando nas calçadas,
Com o sentimento acorrentado,
Nossas vidas vão sendo esfaceladas,
Vagando com o peito estilhaçado.