Rotina

Quem, pela retina, não vê novidade

Só vive rotina, sem nova idade

E nem provar longevidade

Desnecessário, se o velho "aqui jaz"

Toda vez que do novo se refaz

Sempre espera um algo a mais

Quem, em mesmice, não vê remédio

Por tantos meios se sente médio

De tanto anseio só enxerga tédio.

Este, em devaneios, mal reinventa

Mal percebe um novo, ou o fomenta

Se bem que é mais feliz quem tenta.

Harlen Ribeiro
Enviado por Harlen Ribeiro em 19/11/2018
Código do texto: T6506750
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