Rotina
Quem, pela retina, não vê novidade
Só vive rotina, sem nova idade
E nem provar longevidade
Desnecessário, se o velho "aqui jaz"
Toda vez que do novo se refaz
Sempre espera um algo a mais
Quem, em mesmice, não vê remédio
Por tantos meios se sente médio
De tanto anseio só enxerga tédio.
Este, em devaneios, mal reinventa
Mal percebe um novo, ou o fomenta
Se bem que é mais feliz quem tenta.