BRANCAS PÉTALAS
É chegada a hora
De conhecer o mundo
Não mais de imaginação
Cabeça feita
Desprezo da dor
Quando chega
As manhãs de solidão
Luta vã contra
Inimigo invisível
Sufocado coração
A dizer que o amor
Não destrói vidas
Constroe sonhos
Que para uns
Covardia
Delírio no ateísmo
Sentimento
O tempo chegou
A colheita será feita
Em pleno sol da liberdade
O cume da montanha
Se aproxima ainda
Com tempestades
Palavras de fogo
Saliva de víboras
Antídoto luz que
Vem
Libertando as amarras do coração
Sem medo
Do desconhecido
Pois mesmo que a serpente
Tente devorar o pássaro
A flor exala nas brancas
Pétalas a felicidade
Que tuas mãos guiam-me
Na escuridão da face oculta
Do tímido sorriso pueril.