SILÊNCIOS
O silêncio aponta,
clama por atenção,
para os silêncios
dos emudecidos;
dos sem-vozes;
da natureza;
dos corações jovens,
e dos velhos cansados.
O barulho do ego, capital,
as necessidades,
reais ou não,
se contrapõem
ao ouvido humanizado,
atento.
E nesta disputa
reside o se fazer
superação.
A diabólica luta,
sem trégua,
persiste até o momento
quando a criança
se torna esperança;
quando abre o coração
e compreende a linguagem das línguas presas,
os silêncios.