o Belo, o Divino, o Luxuoso

[Não é contado pela minha visão]

Subo no tronco da árvore e agarro seus galhos,

Procurando por uma boa sustentação e visão,

Encaro o horizonte já no decair da noite,

As poucas luzes de mesmo tom amarelo feio,

Iluminam as casas e os amaranhados de fios,

Que se eu pudesse, reconstruiria novamente;

Daqui os sons abafados e letras obscenas,

Dançam fazendo movimentos quase sexuais,

Fico entretido com tamanho ridículo,

Então minha mãe me chama e oferece ice cream,

Trouxemos muitas coisas de viajem dos eua,

Fico feliz pelo brasil imitar os amigos do norte;

Em poucas horas chegam as senhoras,

Amigas de minha mãe que vem para o culto,

Acontece sempre na casa de uma das damas,

Rezam para deus que nos salvará se formos bons,

Ao terminar, elas chutam macumbas na rua,

Amanhã pintam de cinza os muros sujos pichados;

É incrível como permitem o reverso,

Drogados, bichas e ladrões assolando a cidade,

Preferem parar tudo e pensar sobre eles,

Quando deviam estar convertidos de imediado,

Chamam esse de país da mistura, é da bagunça,

Paraíso tropical...caldeirão fervendo de pecado;

Na faculdade, estudando para ser doutor,

Aturo e tiro sarro dos loucos expressivos,

Agarrados em cotas e acham que se encaixam,

Em seus cursos para ganharem pouco,

Clamando uma liberdade e igualdade falsa,

Como poderíamos? Se estragam tudo;

Li ''A Evolução das Espécies'' e acredito nela,

Porém, se damos tão certos e somos capazes,

Por que não continuamos aqui e cortamos o mal?

Criamos então uma nova Avenida Central,

Jogamos a borda da pintura, o feio e irritante,

No centro deixamos o belo, o divino, o virtuoso;

(Data: 02 de Janeiro de 2018)

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