SER INVISÍVEL

não sou eu,

nunca serei eu,

não posso querer ser eu,

porque no invisível de meu ser ando por ai.

e só tenho o silêncio,

na embriaguez de minha ida

e quando me assusto de mim,

sinto no meu eu,

o fogo que arde nas artérias,

que comandam a minha alma.

e os gemidos e os suspiros,

que residem no meu eu,

só os ventos houve e sente,

o tino do eco que corta,

na madrugada que fica.

e no invisível do meu ser

tenho seguido o sol

e pegado uma carona com a lua,

a brincar com as estrelas

e as brisas das noites,

nas correntezas e nas ondas

lá vou eu, no silêncio das águas

que vão ao encontro do mar...

a levar os meus pensamentos,

em perigos constantes,

como é de ser o meu viver.

Edivaldo Lima BOY
Enviado por Edivaldo Lima BOY em 23/01/2018
Código do texto: T6234045
Classificação de conteúdo: seguro