Despedaços de um poema

Tempo.

Lugar.

Frustrações.

Pensamentos.

São as minhas dores.

São os gestos.

Os gostos.

Os medos.

Os sonhos.

Dilacerados [...]

É o lugar sonhado que não cabe mais.

É preciso mais.

É a realidade que se impõe.

Imposições.

É a vida.

A mágoa.

A saudade.

A verdade.

Trágicas [...]

Achei que tinha me encontrado,

Me enganei de propósito ou sem querer,

Ainda não sei.

Compreender.

Aprender.

Recuar.

É uma paciência fingida que tinge de escuro as questões mais intangíveis.

Algo maior.

Disseram-me que havia algo maior.

Há paredes,

Cinzas.

É um céu cinzento com nuvens escuras.

É escuro em mim.

Eu pensei que deveria sentir,

Então, eu sinto.

Visceral.

É sobre tanto.

Quase nada.

Quase.

Por um fio.

Por muito.

Por pouco.

Era tudo.

Foi um nada.

Foi quase...

Só não foi.

Riscos.

Correr riscos.

Correr.

Fugir.

Amedrontada.

É aquele ressentimento.

O tempo,

Não existe,

Inventado,

Ele dilacera.

Por dentro: dilacerada.

É visceral.

Intenso.

Corre na espiral.

Suspender.

Suspensa na minha indecisão.

Decidir.

Morrer aos poucos.

São algumas almas mortas,

Fascinadas pela luz.

A luz que cega e queima,

Que mata.

Foram algumas almas mortas,

Não sei quantas restaram.

Impedir.

Impedida.

São laços e nós.

Nós que amarram.

Nós amarrados ao mundo.

Thaís Carmo
Enviado por Thaís Carmo em 10/12/2017
Reeditado em 11/02/2019
Código do texto: T6195451
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