CHUVA GORDINHA.
E lá fora a chuva deslizava
em pequenas bolsas redondas
pela janela da sala...
Caíam as gotas da chuva,
adocicadas das minhas verdades.
Caíam as gotas da chuva,
gordinhas das minhas certezas.
Pesadas;
estrondavam e partiam-se ao chão!
E o som que reverberou como agulhas, perfurou
minha pele dura,
o choque acordou-me e agora, desperto,
sou real e cheio de espaço vazio a ser preenchido.