Mal conhecemos o nosso próprio universo
Não nos leve a sério. São apenas versos.
A vida dada para cada um,
também é uma responsabilidade para cada um
e daí advém o compromisso, sem lhe ser submisso,
de fazermos o melhor com ela.
O tempo de permanência da panela no fogo,
depende, em muito, das regras do jogo
e principalmente, da intensidade da sua fome.
Nunca critique,
a menos que seja para o bem de alguém.
Não minta, simplesmente omita,
se é para o engrandecimento de alguém.
Para o seu fortalecimento.
Os lamentos têm lá os seus motivos,
os tormentos são comuns aos vivos,
mas as diferenças podem ser combatidas,
pois não somos mais fortes e nem mais fracos,
que ninguém.
As criações são das mais diversas
e as diversidades têm que ser respeitadas,
pois nenhuma moeda é igual a outra,
mas todas têm o seu valor
e até a dor nos trás aperfeiçoamento.
E a borboleta não seria tão bonita se tivesse um só tom.
Pode não ter havido a Santa Ceia
ou a travessia do Mar Vermelho,
mas não nos faz mal crer.
Ninguém tem que dar a outra face,
mas, diante de um impasse,
alguém tem que ceder.
Mais violência, pra que?
O que sabemos dos outros,
daquele vizinho, desse caminho,
se mal damos um bom dia,
caminhamos somente durante o dia,
preocupados apenas com nossas próprias hipocrisias.
Quem sabe um dia mudemos.
O espelho é fiel na sua reprodução
e os que distorcem foram ciados para isso,
para termos uma falsa impressão dos fatos
e já a respeito do que se diz ser verdade,
sai na frente quem primeiro contar a sua versão.
Irmãos de sangue, irmãos de leite, irmãos de arma,
são apenas variações de um mesmo parentesco,
quando de fato, todos somos irmãos,
independentemente do estado, país, divisa, fronteira ou nação.
O mesmo sangue, o mesmo faro, o mesmo tato e o mesmo coração.
Quem já sabe que não é capaz de perdoar,
então não magoe, não agrida, não fira,
pois o quarto tem vários ângulos
e em cada um dos ângulos, um espelho,
e esses, até mesmo com o vento,
podem se virar.
Ainda bem que é assim,
graças a Deus ou a Allah.