Estrelas Brancas

Se, bem, te amava

haveria de ter delicadeza

e lá ficava, como a olhar

anestesiada algo imutável

Da infância sonhável

vim sonhando, sonhando

Andei parafraseando...

Da criança que vivo,

ainda não tendo atinado bons versos

Tive poemas engavetados, sofridos

Do norte ao sul

Sonhei, sonhei; cantei e rezei

Céu sem azul não tem graça

Onde está minha estrela branca... ?

Que desgraça esta labuta

Estrelas cuspidas n 'um ódio...

Nomeio a navalha, a força bruta!

Se na garganta o gemido resvala...

Óh agonia abrupta!

Por que me amolas, se nem cresci?

Mas estou criança em segredo,

brincando de agravos,

e já não sofro e nem tenho medo

Corina Sátiro
Enviado por Corina Sátiro em 04/09/2017
Reeditado em 04/09/2017
Código do texto: T6104225
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