Amor-Perfeito

Eis que se eu

O elo rompeu

E foi tão doído!

O desatar das argolas

Tocando o chão se espalha e rola

Em grande ruído

Espatifando o amor (que era de vidro)?

E o tilintar dos grilhões

Tristes grilhões do após

Fizeram-nos distantes e sós...

Assim, por um tempo esperemos

O desatar dos nós do peito

Pois que somos frutos

Do bem maior que tivemos

Em memória do nosso amor-perfeito!

Leda Mara
Enviado por Leda Mara em 02/09/2017
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