PROMETEU

Na porteira da fazenda, do lado de fora, estava o velho índio;

Coberto de misérias, corpo doente, corroído por preconceitos.

Olhos sem rumo; Terra sagrada, no coração;

Vento implacável e um céu envergonhado;

Revestido de tristezas, o chão.

O velho índio coloca no rosto a mão,

esquecer desespero, dor e vergonha;

Correntes presas aos pés;

Eterno suplício:

Não poder sair ou entrar,

de seu estado, seu torrão.