DESTERRADO

O homem que enterra a MÃE,

Asilada e esquecida em casa,

Inventa uma lágrima para o público,

Depois nem flores e nem nada.

Exilado e imune à raiz,

Sem paz vagueia em flashes de êxtases.

Se engradece diminuindo o universo,

No mundo, só pragmatismo e interesses.

Deus, feito comparsa delinquente,

Em desejos sem fim e sem sutilezas.

Desterrados encarnam desumanismos,

Individualismo, religiosidade, narcisismo, pobreza.

Inspirado em “O Estrangeiro" de Albert Camus