CRISE
Hoje minha janela estava aberta para o mundo
Posso ouvir os gritos atônitos em suas gargantas
As ânsias da morte daqueles indefesos diante da brutalidade
De um mundo atroz e fugaz
Sua geração passou e não há o que fazer
Como expectadores sinistros ávidos pela próxima novidade
Acovardamo-nos diante de nossas telas
Adotamos a passividade dos pacíficos
Enquanto os bebês se afogam no mediterrâneo
Refugiados ou não
Covardes, assim como fizemos com os Judeus expulsos da Alemanha nazista.
E não foram aceitos em nenhum lugar e retornaram para o martírio
Sim, como sem memoria fazemos o mesmo hoje.
Não, não temos memória!
Vivemos hoje a história e não teremos futuro!
Ah! Não se preocupem é apenas mais uma crise!
Voltemos a nossa mórbida rotina