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Semana Santa da Minha Infância
A semana santa era santa
Não era permitido correr
Brincadeiras sempre pecados
Não tinha como desobedecer!
Não se varria a casa
Tudo ficava proibido
Motivo de tanto respeito:
Jesus havia morrido!
O dia corria livre
Sem tarefa e sem confusão
Nós crianças bem felizes
Aguardávamos a procissão!
Procissão do Senhor Morto
Um ritual melancólico
As ruas repletas de gente
Tudo triste! Tão simbólico!
Velas acesas! Cantorias
Paradas para refletir
O padre com voz embargada
Bradava: Ele não morreu! Está aqui!
E eu criança indagava
Fazia uma introspecção:
Se Ele está vivo, vivinho
Quem está naquele caixão?
E terminado o roteiro
E concluído o calvário
O Esquife era velado
Na Igrejinha do Rosário!
E o tempo impiedoso
Correu e sempre apressado
Hoje a semana santa
É pretexto para feriado!
Idos de minha infância
Ah! Quanta recordação
A minha mãe tão contrita
Era uma santa na procissão!...
“Ao eterno Pai cantemos...
Amém! Amém! Amém!...
Regina Lúcia Pinto Rangel
Enviado por Regina Lúcia Pinto Rangel em 14/04/2017
Reeditado em 14/04/2017
Código do texto: T5970547
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