Sobre neologismos e recreios familiares.

Por todas as madrugadas mal dormidas.

Sobre como as conversas rasas

Se propagam e incomodam

E nada mais é bom, e nada é bonito.

Eu tenho perdão, sou poeta.

Me enchem o saco pessoas de saco cheio.

O revirar de olhos me incomoda.

Me incomoda ninguém ter admirado o garoto dançando. - vi quando ele viu.

E também como estamos vivendo vidas rasas

De coisas líquidas

Nem mesmo o que escorre fica.

E se minha banda favorita fez um clipe

Ele é barulhento, mas me deixa triste

Porque o tédio e ping pong da goteira no balde

incomodaram

E quando nada tem pra ser feito

a presença do outro torna-se insuportável

Torna-nos insuportáveis.

Que a roleta russa que matou aquela moça

Justifique-se como suicídio.

E que não seja mais necessário fingir

Que está a fim de falar com alguém

Diga que o chapéu ficou bem

E que quer afagar os cachos.

a futilidade está me matando

Principalmente porque sou mais uma das porcarias ocidentais

Uma das especiarias

Feita pra gringo comer

Brasil, temos tapioca, samba e futebol.

E bundas. Muitas bundas.

Somos peças de um quebra cabeças que não faz sentido.

Teorias da conspiração

São divertidas

Mas nem tudo é movido pelo desamor.

E a suposta dominância de um assunto que não conhece me irrita.

Juro que não sou amarga,

agridoce, talvez,

Só sou tranquilamente saturada.

Sabe, adoro falar da URSS,

Mas não dou a mínima pro pingar da goteira.

E mais, nem todos sabem o gosto,

Mas se quero que sim, até.por.correio.

1, 2, 3. E isso não me incomoda.

Sei que a dança não era pra garotas como eu.

Mas, é a vida.

E, se não foi, não tarda.

Mesmo na fossa,

Não.me.arrependo.nunca.

Sabe como é,

Comemorar a morte de Hitler não te faz mais humano

Tirar 10 em física não te faz menos Hitler

Nada de nada importa pra ninguém no ensino médio

Estaríamos lutando na guerra, se fossemos nossos bisavós.

Teríamos um rumo

O não saber me mata

E quem sou?

Quem sabe?

Dane-se.

Que sejam confortados aqueles que perderam o sentido.

Todo o mundo está pela

Bola 8

E eu pareço uma maldita louca sensacionalista

Mas é que estou de saco cheio de gente que quer sentar e não senta

Gente que olha uma multidão e só vê o espelho

as madrugadas e noites mal dormidas ao menos rendem poesias

e, acredito, não são tão ruins e mirabolantes quanto meus sonhos.

se nada disso faz sentido,

Tira o olho do umbigo.

Às vezes, até a lua complica,

e ela é feita de descomplicanças.

A propósito, a ansiedade que consome o dançarino

o deixa ressentido pela moça da roleta russa

E eu não ligo

Tudo é compreensível.

Até tenho amigos ancaps.

Eu poderia dizer que faço boom

Mas me acusariam de ser convencida.

Então digo que fico quase todo o dia de meias

E que a música me move,

Além de cruzar as fronteiras e provar que somos um.

o outro me atinge

dói junto

E isso é defeito. Gravíssimo.

Mas, nunca quis corrigir empatia.

E, não se iludam com isso,

Vivo em paz interior,

mesmo com a solidão latina.

Amo pessoas.

A vida é feita da troca.

Seja marcante,

as pessoas são.

- mesmoquecópiasmalfeitas -

Elas são.

E, creia,

Mesmo pros desiludidos,

a justiça pode estar estampada em um outdoor

Nem que ele esteja no deserto do saara.

Marque.

mas por favor,... marque com cores

Juro que sou arco íris.

mesmo vendo poesias declamadas por gente comum e filmes desconhecidos.

acredito no amor, mesmo que a arte seja mais certa.

O Todo me fascina.

Sou grata por tudo.

E sempre quis ser astronauta.

Ah, e perdoe meus versos toscos.

É que estou com saudades do mar.