Por que, óh doce vida?

Óh querida vida!

Mas que triste contraste

Em um dia alegria

Noutro desastre.

Óh, frágil vida!

Um segundo, tudo sucumbe

Permanecendo a dor da partida.

Hoje o dia amanheceu doído e cinzento

Visitou-me o sofrimento

O inevitável desalento

Mas não o acalento.

Óh doce e dolorosa vida!

Por que és tão linda e igualmente impiedosa?

Eu que a todos almejava com o amor curar

Permaneço na dor de ver a vida a mais um ente querido levar.

Por que, óh doce vida,

me colocas como mera expectadora?

Para que a tudo sintas e impotente reconheça

que quando queres é avassaladora?

Óh vida, há muito sei da sua importância e

diante de infinito enigma, recolho-me, por ora,

à minha insignificância.

Alice di Giorgio
Enviado por Alice di Giorgio em 15/02/2017
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