Quem fere, infere?
através do convés, vou além, num navio frio de vazio
vou ao encontro de sua mão, em vão, sem dom de um conto
faria deste verso algo emerso, submerso, coexo, sem nexo
porém, vou além, com alguém com desdém, vou aquém doutrem
alimentar o meu ar, purificar, amar, sortiar, endeusar
o seu amor sem chão, coração na escuridão, razão sem noção
vou ao luto então, com exatidão, momento furtivo, dentro ativo
meu feroz algóz, narciso e bonito, fera quem dera, galopa paquera
de um mundo distorcido, fecundo o latrocínio, imundo assassínio
de poemas, mãos nos esquemas, flores apenas, sem armas nem penas
vou a um dilema, coesão distêmica, este é um lema? sem prosa ou tema
não vou parar, vou anunciar! O que fere... ingere... mas não difere
se assim prefere, revese, pois outros requerem, a dor que tu fizeres
algo que se infere de uma luz que digere a proeza de alguém que prospere
o bem deve-se ser deduzido, compreendido, respeitado e clamado
pelo ardor de um clamor de imensa dor de um fervor de furor de um amor
ao qual resplendor vem-se o pavor de quem desrespeitou o auror deste interior
de um admirador de vigor com sabor e favor do teor deste pendor ao primor