MEU MODO
Minha poesia, são versos simples, soltos, versos livres, versos triviais, versos habituais.
Advêm as minhas rimas..., das minhas inquietações quotidianas, e é quase uma catarse!
É imperativo, aí escrevo, escrevo sobre esses cenários que vejo, e as respostas na minha pele...
Escrevo, sobre o amor, sobre as diversas fantasias, e as distintas fomes, de nós seres humanos.
Os versos veem céleres, intensos, vivos, a seduzir a minha vontade, a minha emoção, e voam...
Nessas horas, meu coração se desgoverna, aí eu escolho um por um, os versos que germinam,
E totalmente absorto, sacio as minhas sedes..., arregaço as mangas, e garimpo as poesias...
 
A inspiração chega, dita o ritmo, se impõe, é nesse momento, que cato as letras, uma a uma,
Esse tesouro, junto-as com zelo,formo os versos, solto as rmetáforas, deixo jorrar os verbos...
E nesse azado, ímpar, e fausto momento, chocam-se, o meu eu, as razões, as contradições,
E minhas concepções, e no meu íntimo, o abstrato, e o individual, e o coletivo se transformam!
Se transformam, e criam asas..., acenam, criam asas e voam, a dar liberdade aos meus sonhos...
As ideias também voam, criam asas e voam, folgazãs, declamando os versos da minha poesia.
E assim, intuitivo, e completamente abstraído, assinalo os passaportes, e meus versos voam...
 
Voam..., voam, e a sensibilidade aflora, espreita, espia, marca, e deixa sinais visíveis na pele.
Voam, a dar identidade à minha poesia, e ficam essas imagens, diante dos meus espelhos,
Refletindo esses modelos, desenhando, mostrando, coligindo, decalcando..., as rimas...
E as rimas seduzem, e voam..., abrem as asas na poesia, e voam..., e essa homofonia,
Que dá melodia aos versos, esses sons, vibram, ecoam..., em todas as direções, e voam...
Tempo esse, em que, coligem, minhas percepções, minhas verdades, e minhas fantasias...
Curvo-me diante dos deuses da poesia, os reverencio..., desse modo, nasce, a minha poesia!
Albérico Silva